sexta-feira, dezembro 09, 2005

Crónicas de Natal 1 - Equívocos

Depois de um longo hiato (quase tão longo como as paragens dos vários lesionados do Benfica, mas também não exageremos…) volto para vos dar algumas novidades. Há mais movimento que nunca, apesar de nós termos menos funcionários que nunca. Existe uma personagem que trabalha (?) connosco, que é conhecido carinhosamente como “O Baixas” devido às suas baixas prolongadas. Portanto, “O Baixas” (vamos tratá-lo assim para proteger a sua verdadeira identidade) anda há alguns meses doente e já teve sintomas de todas e quaisquer doenças que se possa imaginar. Apesar de ser homem, ele quase que jura que lhe dói o útero. É verídico. Sempre acompanhado da sua bomba para a garganta, de um termómetro, um medidor de tensão e um estetoscópio, lá anda ele todo miserável pela casa, à espera do dia em que tem de voltar a trabalhar, ou melhor, voltar ao local de trabalho. E depois ainda se queixa porque é violentamente derrotado no PES5 online para PS2 pelo vosso caro Livreiro. Já o nosso amigo Greenpeace andou pela Europa no Interrail. Finalmente. Trouxe várias fotos interessantes, especialmente uma que é ele a afagar um cão. O animal ficou bastante bem na foto, e o cão também não ficou mal. Agora anda metido numa nova fundação, ele não descansa enquanto não for fazer voluntariado.
Por falar em voluntariado, uma cliente nossa mostrou-se deveras interessada em adquirir um exemplar do livro de Fernando Nobre, da AMI. Ela atravessou a loja, decidida, chegou ao pé de mim e perguntou: “Oh faz favor, tem aquele livro do Fernando Nobre? Não sei o título.” Eu disse à cliente que o título era “Viagens Contra a Indiferença”, ao que a cliente retorquiu: “Não sei se é esse, eu quero aquele com os apontamentos que ele tirou quando ia de férias”. Minha senhora, devo dizer que a sua acepção de férias é curiosa. Portanto, algo que envolva dirigir-se a locais remotos, palcos de catástrofes, repletos de perigos e doenças, para ajudar os mais desfavorecidos são férias. Claro. Imagino o Fernando Nobre: “Querido diário: Bom, depois de virmos da praia (o Zézito voltou a portar-se mal, quando via alguns nativos de costas para o mar gritava “Tsunami!” e fugia) comemos uma sardinhada, agora vamos amputar aquele miúdo que perdeu a perna numa mina. Ah, não me posso esquecer de dizer ao Toni que a pneumonia atípica passa com uns cházinhos. Que belas férias”.
Voltando ao nosso amigo Greenpeace, esse bastião da literatura nacional, trabalha mais que nunca. Num dos dias que passou, estávamos a arrumar alguns dos milhares de livros que temos no back Office e ao tirar umas caixas dei de caras com um manual de medicina sobre saúde da mulher, cuja capa era, nada mais, nada menos, do que uma imagem de uma operação a um cancro da mama. Era uma imagem perturbadora. E eu, na pândega como sempre, mostrei-lhe a capa para o assustar. E qual é a reacção do homem? “Eh eh… Mamilos….”. Ora, o homem está com uma imagem de uma operação ao cancro da mama e o que é que ele diz? “Mamilos”. Muito bom. Fica assim provado que o homem, à mínima visão (ou possível visão) de alguma parte íntima feminina, desce um ou dois degraus na escala evolucionária. Consta que da última vez que o Greenpeace viu um livro com todos os calendários Pirelli, tentou esfregar duas pedras uma contra a outra na tentativa de produzir fogo.
Continuam os pedidos estranhos. Uma senhora, acompanhada do seu marido, queria oferecer a um amigo o livro “Homem Que Mordeu o Cão (Versão Gato Fedorento)”. Não faço ideia do que é isso, mas deve ser muito bom.
Já este fim-de-semana, era suposto ter havido uma acção promocional na loja, algo que suscitou algumas confusões. Estava eu num momento de reflexão quando surge um senhor com um aspecto, vá lá, digamos duvidoso, que diz apenas a seguinte enigmática frase: “Eu é que sou o Pai Natal”. Depois de alguns segundos de estupefacção, primeiro pensei em dizer que queria um Driving Force Pro se faz favor, e que me tinha portado bem, depois pensei em dizer “e eu sou o Duende trabalhador” na esperança que fosse algum código tipo agente secreto e ele me entregasse uma mala cheia de dinheiro. Mas não, pedi apenas que repetisse. O que ele fez: “Eu sou o Pai Natal, daquela acção promocional daquela editora.” Ah, exclamei, muito bem. O senhor que me desculpe a confusão, mas acho que toda a gente entende, afinal de contas, sempre imaginei o Pai Natal vestido de encarnado (ao invés do preto), longas barbas brancas (ao contrário daquele bigodaço à marialva e aquela barba por faver) e que trouxesse um saco vermelho de brinquedos (e não aqueles sacos pretos que pareciam sacos do lixo com roupa do Pai Natal). Para terminar, devo dizer que não se realizou nenhuma acção promocional, devido a um equívoco nas datas, mas que de qualquer modo não deixiria que nenhuma criança se sentasse no seu colo.
Bom Natal, e até breve!

2 comentários:

Anónimo disse...

finalmente o tao o regresso tao esperado do livreiro, quase tao antecipado como o casamento topé e mimi, ou talvex o proximo CD de zé cid ou mesmo quiçá, o regresso de simao á equipa do benfica, mas vamos deixar estes milagres para outro dia...grandes novos POSTS, um abraço po livreiro e pro BAIXAS e já agora po rodolfo, a rena do pai natal!

Anónimo disse...

ja agora eskeci-me de dizer que sou eu mesmo , o tag team partner de PS2,lol